domingo, 8 de fevereiro de 2015

Jesus é o Senhor da vida


De modo geral, podemos dizer que o tema da liturgia da palavra deste domingo é o sofrimento: o livro de Jó fala do sofrimento de um homem; no evangelho, Jesus acolhe e vai ao encontro dos que sofrem para que sejam curados de suas enfermidades, e São Paulo fala de como se deve imitar Jesus Cristo, fazendo-se servo de todos. O trecho do livro de Jó é permeado de tristeza e pessimismo. A questão fundamental de todo o livro é o sentido da existência humana. A perda do sentido da vida potencializa o sofrimento. Efetivamente, o sofrimento é absurdo. Somente pela fé em Deus é que se pode viver o sofrimento com serenidade, paz e alegria. Depois da sinagoga, acompanhado das duas duplas de irmãos (cf. Mc 1,16-20), Jesus vai à casa de Simão e André, a poucos metros da Sinagoga de Cafarnanum. Ali, o evangelho nos relata dois episódios: a cura da sogra de Pedro, ainda durante o descanso sabático, e o sumário, resumo da atividade exitosa de Jesus, depois do pôr do sol, isto é, tendo passado já o sábado. Os quatro discípulos, depois os Doze, são testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou; testemunhas sobre as quais é construído o relato evangélico (cf. Lc 1,1-4). Essa diferença temporal, sábado e depois do sábado, juntamente com o deslocamento espacial, sinagoga e casa, mostra que o Senhor age sempre, em qualquer tempo e lugar. Sua presença muda a vida das pessoas e essa transformação é sentida, inclusive, no próprio corpo. É o Senhor da vida que, com o gesto simbólico de tomar pela mão, como quem arranca alguém do sono – metáfora da morte –, faz a sogra de Pedro se levantar para servir. Não é uma única pessoa a beneficiária da presença do Senhor, mas muitos e de todas as partes podem, se aproximando ou deixando-se aproximar pelo Senhor, experimentar a vida nova que ele dá. Não obstante a fama crescente, Jesus procura os lugares afastados para a sua oração, não se deixando vencer pela tentação do sucesso nem se aprisionar por qualquer lugar, tampouco ser manipulado por quem quer que seja. Paulo é um exemplo a ser seguido. O ideal de sua vida foi imitar Jesus Cristo. Por isso, se fez tudo para todos, isto é, doou-se inteiramente na pregação do evangelho e socorrendo as pessoas e as comunidades cristãs nas suas necessidades. Nós, cristãos do século XXI, somos chamados a imitar Jesus Cristo e com ele e por sua graça sermos servidores do evangelho e de nossos semelhantes.

Pe. Carlos Alberto Contieri

FONTE: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5129
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