domingo, 20 de março de 2016

DOMINGO DE RAMOS


Iniciamos hoje a semana Santa!
Para nós, cristãos católicos, a semana Santa é um tempo forte, quando estaremos reunidos em comunidade, para revivermos os últimos passos de Jesus à caminho da cruz e principalmente, para celebrarmos a vida que a morte não venceu!
A liturgia deste tempo, nos convida a prepararmos para vivermos de maneira intensa, livre e amorosa o acontecimento mais importante do ano litúrgico: A PÁSCOA DO SENHOR JESUS!
Aprendemos muito durante esta nossa caminhada rumo a Páscoa, mas ainda há muito que aprender, afinal, temos uma missão muito importante pela frente: fazer chegar a muitos corações sombrios, a Luz de Cristo! O caminho que percorremos durante estes quarenta dias da Quaresma, nos aproximou mais de Deus, nos fez conscientizarmos da nossa necessidade de conversão, trouxe-nos a certeza de que temos tudo para sermos felizes: um Pai que nos ama, que não levou em conta as nossas ingratidões, um Pai que não desiste de nós, que enviou o seu Filho para nos ensinar o caminho da vida!
Não pensemos que foi fácil para Jesus, passar por tamanho sofrimento, mesmo, sendo Deus, Ele não estava isento da cruz, afinal ao assumir a natureza humana, Jesus assumiu-a por inteiro, exceto no pecado. Se quisesse, Jesus poderia ter recusado a cruz, mas não o fez, em obediência ao Pai, em querer levar em frente o seu projeto de vida plena para todo! . Uma obediência que resultou na sua morte, morte, que também não foi da vontade de Deus e sim, por consequência da maldade humana. Deus, poderia ter evitado o sofrimento de Jesus, mas o seu amor por cada um de nós, falou mais alto! Para reconstruir a aliança de amor entre Ele e o homem, quebrada pelo pecado, Deus deixou que o seu Filho passasse por tamanho sofrimento.
A entrada festiva de Jesus em Jerusalém, marca o início de seu calvário! Ele entra em Jerusalém aclamado como Rei e Senhor da gloria, o Rei e Senhor do povo oprimido, do povo sem vez e sem voz.
Para identificar-se com estes, Jesus entra na cidade, montado num jumentinho, o único meio de transporte dos pobres daquela  época.
A sua entrada triunfal em Jerusalém, foi uma maneira forte de proclamar a chegada do Messias, o Rei tão esperado e desejado pelos “pequenos!”
“As multidões que iam à frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: “Bendito o que vem em nome do Senhor”! Tamanha aclamação, provocou ira nos seus adversários, que ao sentirem ameaçados de perder os seus tronos, apressaram em dar fim na pessoa de Jesus.
Nas celebrações da Semana Santa, nós nos comovemos diante as encenações da Paixão e morte de Jesus, achamos uma maldade imensa, o que fizeram com Ele, mas será que hoje, nós também, não continuamos, de alguma forma, fazendo o mesmo com Ele, na pessoa do nosso irmão? Será que nós, não estamos crucificando Jesus, nas nossas atitudes do dia a dia? Toda vez que não praticamos a justiça, a solidariedade, que negamos ajuda ao nosso irmão, estamos também crucificando Jesus! E ao contrário, todo vez que praticamos a justiça, que promovemos o nosso irmão, estamos ressuscitando Jesus!
Rasguemos, pois, as vestes do “homem” velho, para nos revestir do “homem” novo, que aprendeu com Jesus a partilhar a vida, a ser vida na vida do outro, para que assim, possamos desde já, vivenciar o grande sentido da Páscoa: Passagem... Vida nova... Renovação...
Celebrar a Páscoa é celebrar a vida, é resgatar valores hoje tão esquecidos, o amor, a justiça e o perdão.
Como verdadeiros seguidores de Jesus, devemos estar sempre disposto a enfrentar todo e qualquer desafio para levar em frente a nossa missão de portadores e  anunciadores da grande notícia: Jesus ressuscitou Ele vive entre nós!
Com os pés no chão e o olhar para o alto, carreguemos a nossa cruz na certeza de que com Jesus, ela se tornará mais leve!
Quiseram eliminar aquele que acolheu os pobres, os abandonados, que defendeu a vida, mas não conseguiram, pois a vida vence onde o amor se faz presente!


DESEJO A TODOS UMA FRUTUOSA SEMANA SANTA!

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olivia Coutinho

FONTE: http://homiliadominical2.blogspot.com.br/
.

domingo, 13 de março de 2016

"EU TAMBÉM NÃO TE CONDENO...”


Evangelho de Jo 8,1-11

Estamos no quinto domingo da quaresma, nos aproximando  do ponto  mais alto da  nossa caminhada cristã: A PÁSCOA DO SENHOR JESUS!
A riqueza da liturgia deste tempo de recolhimento, produziu frutos em nós, levou-nos  a  redescobrir os  valores que devem nortear a nossa vida.
Muitos, querem aproximar da Luz, mas desconhecem o caminho para chegar até Ela, e nós, que vivenciamos esta experiência, temos o compromisso de nos tornar caminho, para que estes possam vivenciar esta alegria!
Ninguém consegue se encontrar, sem antes ter um encontro Jesus! Conhecer Jesus, é descobrir o verdadeiro sentido da vida, é enriquecer-se preservando o coração “pobre”!
Em todos os ensinamentos de Jesus, há sempre um apelo de conversão! É o seu  amor querendo falar mais forte ao nosso coração, no desejo de nos recolocar no nosso verdadeiro lugar que é o coração do Pai!                                                                                                      
Jesus não quer que nenhum de nós se perca, por isto, Ele está sempre nos chamando  à conversão, a uma mudança de vida, que nos leve ao arrependimento e ao perdão!
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, nos convida a pautar a nossa vida no exemplo de Jesus, Jesus sempre colocou a pessoa humana acima de toda e qualquer lei! Ele nos mostra com as  suas atitudes, que não é através da intolerância, do castigo que se liberta alguém da escravidão do pecado, e sim, através do amor!  O amor transforma corações, faz uma pessoa "nascer de novo!" 
De um lado, o texto nos mostra claramente o amor misericordioso de Jesus para com uma mulher que fora colocada diante Dele, pelos mestres da lei e fariseus, acusada de adultério. 
A narrativa destaca a atitude de Jesus frente ao pecado e ao pecador!
Jesus não exime aquela mulher de sua culpa, afinal, o pecado tem consequências, Ele não aceita o pecado, mas acolhe o pecador, que neste caso era uma mulher!
Jesus jamais aceitaria pactuar com uma lei que mata em nome de Deus, seria contradizer todas as suas pregações que tem fator primordial, a vida humana!
Do outro lado, o texto nos mostra a hipocrisia dos mestres da lei e dos fariseus que escondiam atrás de uma intolerância contra uma mulher, a intenção de incriminar Jesus!
Para os mestres da lei e fariseus,  qualquer decisão tomada por Jesus, em relação àquela mulher, seria motivo para incriminá-Lo. No pensar deles, Jesus não tinha saída: se Ele condenasse a mulher, a multidão se voltaria contra Ele, afinal, onde ficaria o  amor, a misericórdia que Ele tanto pregava?  E se Jesus a  absolvesse, Ele estaria infligindo a lei de Moisés.
À princípio, Jesus se mostra indiferente a tudo aquilo, mas diante ao insistente interrogatório, Ele reage dizendo: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe a primeira pedra. Com isto, Jesus transfere para os seus adversários a responsabilidade de condenar ou não, aquela mulher.
Podemos tirar daí, uma grande lição: diante de Jesus e de todos os que estão com Ele, o mal não tem vez! O mal, planejado pelos doutores da lei e fariseus, usando uma mulher como armadilha para pegar Jesus, reverteu num bem para ela, o amor de Jesus, a tirou de sua vida errante,  fez com que ela retomasse o caminho da vida!
Ao ser levada para a morte, aquela mulher encontra  vida num  encontro pessoal  com Jesus! Um encontro transformador, que a tirou das  trevas para a  luz!
Se fosse prevalecer o que Jesus disse à aqueles homens, o único que poderia apedrejá-la, seria Ele, pois somente Ele não tinha pecado!
Jesus não condenou a mulher, pelo contrário, a libertou da pior de todas as escravidões: a escravidão do pecado! “Ninguém a condenou? Eu também não te condeno. Podes ir e, de agora em diante não peques mais.”
Completamente livre da escravidão do pecado, aquela mulher sem nome, certamente tornou-se uma fiel seguidora de Jesus, comprometida com o projeto de Deus!
A lógica de Deus é o amor! O amor gera vida, o amor salva!

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho  

FONTE: http://homiliadominical2.blogspot.com.br/
.

domingo, 6 de março de 2016

“... PORQUE ESTE TEU IRMÃO ESTAVA MORTO E TORNOU A VIVER...”


Neste quarto domingo da quaresma, já podemos alargar um pouco mais os nossos passos, pois já temos uma visão clara do caminho que temos pela frente! 
Aprendemos muito nesta nossa caminhada de preparação para a Páscoa, mas  ainda há muito que aprender, afinal, precisamos aprimorar na fé!
A liturgia deste tempo Quaresmal, nos  possibilitou um aprofundamento maior na palavra de Deus, a mergulhamos  no mistério do seu amor, um amor que ultrapassou todos os limites, que não levou em conta as nossas ingratidões!
A realização plena do homem sempre foi e sempre a prioridade de Deus, Ele provou isto, investindo alto no resgate  deste bem que lhe é precioso,  permitindo  que o seu  Filho pagasse com a vida  o preço da nossa liberdade.
Aproveitemos  estes dias que nos separa da grande Festa da vida, para revisar o quanto há de luz e sombras em nossa vida,  pois ainda há tempo de abandonarmos tudo que nos distancia da Luz!
No evangelho de hoje, vemos  que os   fariseus e mestres da lei,criticavam  Jesus  por Ele acolher os pecadores, como se eles não fossem  pecadores também! 
  Em resposta a essas criticas, Jesus conta-lhes uma parábola conhecida, como a parábola do filho pródigo.
 A história  nos mostra com detalhes, a conduta de dois filhos e a atitude misericordiosa de um  pai, diante à ingratidão do filho mais novo e a dureza de coração do filho mais velho.
É interessante observarmos, que o Pai, da história, não interfere  na decisão do filho mais novo quando ele decide sair de casa tomando um rumo diferente  do irmão mais velho. A postura deste pai, que não impediu que o seu filho fizesse a sua escolha,  vem nos falar de Deus, Deus  também é assim conosco, Ele nos deixa livres para fazermos  as nossas escolhas, não interfere nas nossas decisões! 
Na história, fica evidente,  a  paciência de um pai que ama, que não desiste do filho, que espera dia pós dia com os olhos fixos no caminho  a volta do  filho que  havia se enveredado  por caminhos contrários.  
A repreensão, deste  pai,  ao filho mais velho que  sentiu enciumado em relação  ao caloroso acolhimento ao irmão mais novo, que volta pra casa depois de gastar futilmente   os seus  bens, vem nos falar da misericórdia de Deus, Deus  ama a todos igualmente sem distinção! 
O propósito de Jesus, ao contar esta parábola, era mostrar aos fariseus e mestres da lei, a atitude de  Deus diante as nossas imperfeiçoes, o seu olhar de  Pai, é um olhar de misericórdia, um olhar que vê a pessoa e não o seu pecado!
Sabemos que são muitos os que  estão sobre a terra, mas que se sentem soterrados, pessoas que pagam um preço muito alto pelos seus erros, assim com o filho mais novo da historia, pagou. E quantos de nós, que dizemos seguidores de Jesus,  temos  a mesma atitude do filho mais velho, ao invés  de acolhermos  estes irmãos, contribuímos para que eles  se percam cada vez mais com a nossa indiferença, com o nosso preconceito, não lhe dando sequer uma chance para que ele retome o caminho da vida!
Precisamos ter um coração misericordioso, semelhante ao coração do Pai, um coração aberto para acolher  aqueles que erraram, mas que querem redimir-se, o que não significa concordar  com os seus erros e sim,  acreditar que uma pessoa criada a imagem e semelhança de Deus, é merecedora de uma nova chance para refazer a sua vida.  
Enganamos quando pensamos que somente aquele que se dispersou e que aos nossos olhos se afastou  de Deus, são os necessitados de conversão, todos nós somos necessitados de conversão,  até mesmo os que se consideram bons,  como o filho mais velho da parábola!
Para Deus, não existe caminho sem volta e nem ponto final para uma história de amor iniciada na criação.
O amor tem uma força irresistível, é caminho que  traz de volta àquele que dispersou! Sejamos, pois, a força deste amor na vida do outro!

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

Fonte: http://homiliadominical2.blogspot.com.br/
.