sábado, 4 de junho de 2016

Evangelho Lc 7,11-17



Por onde  passamos, é comum depararmos com pessoas tristes, sem esperanças, pessoas carregando pesadas cruzes, necessitadas do nosso amparo, e muitos de nós, fingimos não vê-las!  
Quando nos inteiramos dos ensinamentos de Jesus, vamos mudando esta nossa postura de indiferença  diante dos que sofrem!
Os ensinamentos de Jesus, vão  mudando o nosso conceito sobre a vida, nos despertando  para  a  importância de sermos solidários!
É Jesus em nós, quem vai direcionando o nosso olhar para os que sofrem, que nos faz passar de indiferentes  a atentos a  suas necessidades!
O amor à Jesus, nos move, nos torna sensíveis, nos aproxima do irmão que sofre!
O  evangelho que a liturgia de  hoje nos convida a refletir, nos fala de um encontro entre dois cortejos que seguiam em direção contrária!
De um lado, seguia  o cortejo da vida, da alegria, da esperança, tendo Jesus à Frente!  Do outro lado, o cortejo da dor, da amargura, do sofrimento, tendo à frente, um morto.
Esses dois cortejos, ao  se encontrarem, passam a caminhar no  mesmo sentido, o sentido da vida!
A iniciativa da aproximação do cortejo da  vida com o cortejo da morte, parte de Jesus.  Naquele encontro, Jesus depara com uma viúva levando  seu  único filho para ser sepultado!
Tomada pelo o sofrimento da perda do seu único filho, aquela mãe, nem percebe a presença de Jesus, mas Ele a enxerga e se compadece dela!
Jesus  sabia, que além da dor da perda do seu  único filho, aquela  viúva,  teria  pela frente sérias dificuldades quanto a sua sobrevivência.
   É que naquela época, quando uma mulher ficava viúva, ela  não herdava os bens deixados pelo marido, quem ficava responsável por estes  bens,  era o filho mais velho, era este filho quem ficava encarregado de prover o  sustento de sua  mãe. E quando a viúva  não tinha filhos, ela era condenada a viver na miséria, pois  estes  bens, eram confiscados pelas autoridades e a viúva ficava a mercê da caridade alheia.
Jesus traz de volta  a vida, aquele que estava morto! Ao levantar aquele jovem, Jesus levanta  também, aquela mulher que estava condenada a marginalização a depender  da caridade alheia para sobreviver.
O relato chama a nossa atenção sobre a importância de termos um olhar sensível, um olhar semelhante  ao olhar de Jesus, um olhar que  não somente constata  a necessidade do outro, como busca meios de amenizar o seu sofrimento!
Em toda sua trajetória terrena, Jesus sempre teve um cuidado  especial para com os pequenos, principalmente para com os órfãos e as viúvas. Estes,  tinham e continuam tendo muitas dificuldades para retomarem a vida depois das perdas.
O texto, nos alerta sobre a importância de sermos solidários com as pessoas que sofrem. Como filhos do mesmo Pai, irmãos em Cristo, somos corresponsáveis  pela vida do outro, temos o dever de ser apoio para ele nos momentos difíceis, como nas perdas de entes queridos.  
Tão importante quanto providenciar o sepultamento daquele que se vai, é cuidar daqueles que ficam, principalmente em se tratando de órfão, ou viúva.
   O que  deve chamar mais a nossa atenção neste episódio, não é  o milagre em si, e sim, o que moveu Jesus a realizar aquele  milagre, que foi a sua sensibilidade diante daquele que sofre!
 Devolvendo a vida ao filho daquela viúva, Jesus devolve a ela a sua dignidade, o seu sustento, poupando-a de ser mais uma vítima dos fariseus, acostumados a explorar as viúvas apoderando-se de tudo que por  direito lhe pertencia.
Assim como Jesus compadeceu da viúva de Naim, ele compadece de todos, que hoje se sentem cansados, aflitos, marginalizadas...
É confortante saber que Jesus  assume a  dor de cada um de nós, que Ele nos ajuda a carregar as  nossas cruzes.

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia 

Fonte: http://homiliadominical2.blogspot.com.br/
.