Pe. Carlos Alberto Contieri
sábado, 31 de janeiro de 2015
Jesus é o profeta prometido
Na primeira leitura,
do livro do Deuteronômio, Deus promete, pela boca de Moisés, um profeta
semelhante a ele, escolhido entre os membros do povo eleito. Característica
desse profeta é que ele falará o que o Senhor mandar e inspirar. Os profetas
foram enviados por Deus para conduzir o seu povo e exortá-lo a permanecer fiel
à Aliança. Os profetas chamam a atenção do povo contra a idolatria que ameaça a
vida e a fé no Deus único e verdadeiro. Os profetas falam com autoridade porque
falam em nome e por inspiração de Deus. Mas a promessa de enviar um profeta
semelhante a Moisés não se realizou (cf. Dt 34,10). O evangelho deste domingo,
ao afirmar o ensinamento realizado com autoridade por Jesus, diz,
indiretamente, que ele é o profeta prometido e semelhante a Moisés. No seu
discurso, depois da ressurreição de Jesus, Pedro afirma que Jesus é não somente
semelhante a Moisés, mas maior que ele (cf. At 3,21-22). Cafarnaum fica às
margens do mar da Galileia; a sinagoga, a poucos metros da casa de Simão e
André. É sábado, dia dado por Deus a seu povo para que, cessando o trabalho, o
povo de Deus possa recordar o dom da criação e da Lei, o dom da vida e da
liberdade. O ensinamento de Jesus causa admiração de todos os que estão
presentes na sinagoga; a causa da admiração é a “autoridade” do ensinamento,
isto é, o ensinamento de Jesus faz sentido e dá sentido à vida das pessoas; ele
é um verdadeiro sopro que comunica a brisa suave do Espírito ao coração do ser
humano. E o que Jesus faz, nesse dia, naquela sinagoga importante, expulsando
de um homem um “espírito impuro”, também é reconhecido por todos os que estão
na sinagoga como um “ensinamento novo”. A palavra de Jesus, qual uma luz,
ilumina o coração do homem revelando o mal que o aflige e o distancia do Deus
da vida e dos seus semelhantes. A luz da palavra do Senhor descortina o mal
para destruí-lo. Jesus é apresentado como aquele que não somente tem poder de
destruir o mal, mas efetivamente o faz. E o ser humano passa a compreender que
a sua vida, pela graça de Cristo, não está fadada à submissão do mal, pois, em
Cristo, o mal já está vencido. Este é o ensinamento novo!
Pe. Carlos Alberto Contieri
FONTE: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho
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