sábado, 5 de janeiro de 2013
Universalidade da salvação
Com o domingo da Epifania termina o tempo do Natal. A solenidade
da Epifania do Senhor é a festa da universalidade da salvação oferecida como
dom de Deus a toda a humanidade. Desde todo o sempre Deus quis que todos os
povos fossem iluminados. Na vigília do Natal, nós já tínhamos ouvido: "O
povo que andava nas trevas viu uma grande luz. Sobre aqueles que habitavam a
terra da sombra uma luz resplandeceu". O texto de Isaías deste domingo é
ainda mais claro: "As nações caminharão à tua luz, os reis, ao brilho do
teu esplendor" (Is 60, 3). A cada uma das nações da terra é dirigido este
apelo: "Deixa-te iluminar". Todos, judeus e pagãos, são beneficiários
da mesma promessa, herdeiros da mesma riqueza da graça de Deus, em Cristo Jesus.
No Verbo encarnado todas as fronteiras são rompidas e Deus visita todas as
pessoas indistintamente. O texto de Nm 24,17 é portador da seguinte profecia:
um dia "se levantará de Jacó uma estrela". Essa profecia, os judeus
do primeiro século da nossa era aplicavam à vinda do Messias. Os magos, símbolo
das "nações", vindos do Oriente para adorarem o Senhor, trazem os
seus presentes, isto é, fazem sua profissão de fé naquele que, por amor de
Deus, assumiu a nossa humanidade. Os presentes oferecidos afirmam simbolicamente
a divindade, a realeza e o sacerdócio do menino nascido em Belém. De todos nós
que nos reunimos para celebrar a solenidade da Epifania do Senhor é exigido o
engajamento próprio da fé. O presente a ser oferecido Àquele que assumiu a
nossa humanidade é a nossa própria vida, ela mesma dom de Deus. É este
engajamento que nos faz sentir a "grande alegria" anunciada aos
pastores (Lc 2,10) e que os magos puderam experimentar (cf. Mt 2,10), alegria
da salvação, alegria de Deus que nenhuma situação da existência humana pode
tirar nem ninguém subtrair.
Carlos Alberto Contieri, SJ
FONTE: http://www.paulinas.org.br
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