Estamos diante da questão da identidade de Jesus. Perante isto, dois títulos se confrontam: “Filho do Homem” e “Cristo”. Jesus, com frequência, identifica-se como o “Filho do Homem”. Por outro lado, os discípulos originários do Judaísmo identificam-no como o “Cristo”. O “Filho do Homem” é uma expressão que aparece quase uma centena de vezes no livro do profeta Ezequiel, exprimindo a condição humana comum e frágil de alguém que coloca toda sua confiança em Deus.
domingo, 1 de julho de 2012
Onde está Pedro, aí está a Igreja!
Estamos diante da questão da identidade de Jesus. Perante isto, dois títulos se confrontam: “Filho do Homem” e “Cristo”. Jesus, com frequência, identifica-se como o “Filho do Homem”. Por outro lado, os discípulos originários do Judaísmo identificam-no como o “Cristo”. O “Filho do Homem” é uma expressão que aparece quase uma centena de vezes no livro do profeta Ezequiel, exprimindo a condição humana comum e frágil de alguém que coloca toda sua confiança em Deus.
“Cristo”, sinônimo de “Messias” ou “Ungido”, é um título
aplicado, abundantemente, a Davi, ou a um de seus descendentes, no Antigo
Testamento, estando associado à ideia de um chefe poderoso e dominador.
“Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra
construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). A Igreja é
imortal e seu fundamento deve perdurar sempre.
Nós católicos temos a certeza e o orgulho de sermos a única
Igreja cristã edificada sobre o fundamento rochoso, sobre Pedro (ver Mt 7,24).
Daí que nós, simples e humildemente, nos orgulhamos em afirmar: “Onde está
Pedro, aí está a Igreja!”
Deixemos a primeira pergunta: “Quem
dizem os homens que eu sou?”. Respondamos
a segunda pergunta: “E vós?”. Hoje, não é suficiente a resposta de
Pedro: “O Messias, o esperado de Israel”. A nossa deveria ser: “O Filho
de Deus encarnado, ‘que se entregou e morreu por nós’” (cf. Gl 2,20). Por isso, vivemos a
vida presente pela fé no Filho de Deus.
Na verdade, essa imagem de Cristo, que levamos dentro de nós
desde o batismo, está destroçada ou escurecida. Como poderemos ser apóstolos se
não sentimos Sua presença dentro de nós? Como “vender um produto” do qual não
estamos, nós mesmos, convencidos?
A resposta de Jesus, dada a Simão, indica que a nossa resposta,
admitindo Seu senhorio total como Messias e Filho de Deus, é também um dom do
céu. Não seremos os chefes, como Pedro, mas a Igreja estará fundada em nós e
nas nossas famílias.
Além de Cristo, como figura
central, temos Pedro como figura destacada por duas razões: por sua fé em Jesus
e por sua lista de serviços como chefe da comunidade. A revelação de confessar
Jesus como Messias, Filho de Deus, é um dom do Pai, e isso serve para todos
nós.
A chefia da comunidade eclesial é própria dele [Pedro] e
continua em seus sucessores através dos séculos. A eles pertence o poder das
chaves, jurídico e doutrinal, como o entende a Igreja Católica. Não foi dado
este poder aos outros discípulos e, portanto, devemos distingui-lo do poder
evangelizador e de governo dado ao resto dos apóstolos, do qual todos nós
participamos como discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão
específica.
Que os dois pilares da Igreja, Pedro e Paulo, intercedam por
cada um de nós a fim de que sejamos verdadeiramente discípulos e missionários,
exercendo as nossas tarefas diárias e professando a nossa fé em Jesus Cristo, o
Filho do Deus Vivo!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: http://blog.cancaonova.com/homilia/2012/07/01/onde-esta-pedro-ai-esta-a-igreja-2/
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