sexta-feira, 16 de setembro de 2011

HOMILIA DO 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM



                Deus é a nossa salvação e esta é efetivada em nós com a nossa colaboração, a qual inclui a súplica: “Se clamar por mim em qualquer provação eu o ouvirei e serei o seu Deus para sempre”, frase que está na antífona da entrada. O salmo responsorial, após a primeira leitura, expressa isto também: Ele (Deus) está perto da pessoa que o invoca, de toda aquele que O invoca lealmente.” (Sl 144, 18) Também na primeira leitura há essa verdade: “ Volte para o Senhor(referindo-se ao ímpio), que terá piedade dele, volte para o Senhor que é generoso no perdão” (Is 55, 7b).

                Essa atenção de Deus é a Sua Graça, que Ele a concede gratuitamente por sua misericórdia, e é claro, incluindo a nossa colaboração. É o que está no Evangelho de hoje, na parábola dos operários da vinha que são contratados em diversas horas do dia, e no fim deste recebem todos igualmente uma moeda de prata. Aparentemente, parece uma atitude injusta do patrão. Mas, na realidade o patrão dá o que é justo aos que trabalharam desde as seis da manhã: a remuneração de uma diária – uma moeda de prata. Para os demais que iniciaram o trabalho em diversas horas do dia, recebem também uma moeda equivalente, mas o patrão não precisava pagar isto, poderia dar menos. Mas quis dar graciosamente, de sua liberalidade a mais.

                Deus dá a salvação a salvação a todos por Sua misericórdia. Não importa se a pessoa vei para a vida de igreja desde a infância, ou na adolescência, ou na idade adulta ou até mesmo na velhice. O decisivo é vir e acolher a salvação sem medirmos a quantidade de tempo do estar em igreja, mas o ser igreja a partir do chamado de Deus, e permanecer fiel. Não se comparar com outras pessoas a respeito do que receberam do Senhor, mas ser grato a Ele, corresponder ao seu projeto e manter a fidelidade. E intensificar essa vida em deus e em favor do seu Reino.

                 A segunda leitura nos convida a “viver à altura do evangelho de Cristo” (Fp 1, 27). E isto inclui “que Cristo seja glorificado em nossos corpos (na vida concreta, no comportamento), seja pela vida ou pela morte” (Fp 1, 20). Essa glorificação de Cristo, em nós implica numa vida testemunhal, que irradie o Senhor para os outros. Nesse testemunho estaremos vivenciando o ser como cristo, o estar com Cristo e o agir com cristo. Essa última característica do cristão se encontra com a parábola dos operários da vinha. Ou seja, o cristão deve também trabalhar pelo e para o Senhor.

                “Meus caminhos não são os vossos” (Is 55, 8). Os caminhos do Senhor estão mesmo acima dos nossos (idem, v.9). E são os caminhos d’Ele sempre justos (Sl 144). Daí, fazer com que os nossos caminhos se ajustem aos caminhos de Deus. Nesse afã, pedir ao Senhor a força e a sabedoria para nosso agir seja aquilo que Deus quer. Isto implica em conversão constante, abandonando o caminho do bem e permanecendo em crescimento espiritual e pastoral. 

Mons. José Geraldo Pinto de Souza

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