sábado, 2 de setembro de 2017

“SE ALGUÉM QUER ME SEGUIR, RENUNCIE A SI MESMO, TOME A SUA CRUZ E ME SIGA.”

Evangelho de Mt16,21-27



Estamos no início do Mês da Bíblia; tempo em que a Igreja nos convida a abrirmos mais vezes, este livro sagrado, a fim de que possamos nos aprofundar mais na palavra de Deus, palavra que orienta, que liberta, que aponta caminhos!
Numa comunidade cristã, que alimenta a sua intimidade com a Bíblia, sempre haverá inovação, avanços significativos, tanto na catequese, quanto na liturgia, como também, no cotidiano das pessoas, pois através da leitura profunda da Bíblia, todos vão se inteirando do querer de Deus, se colocando a seu dispor.
Cada dia é uma oportunidade que Deus nos concede, para que possamos, através do conhecimento da palavra de Deus, rever a nossa vida, nos reorganizar interiormente, esvaziando do nosso “eu” para dar espaço ao que é de Deus! É assim, que vamos assentando os nossos passos, nos passos de Jesus, deixando-nos orientar pelos os seus ensinamentos.
No evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, vemos que os discípulos, mesmo convivendo diretamente com Jesus, tiveram muitas dificuldades em entender o seu messianismo. Na mente deles, Jesus não deveria aceitar um  desfecho tão  trágico para a sua vida. A revelação da sua morte de cruz soou para eles, como um fracasso.
Pedro, ao querer eliminar a cruz do caminho de Jesus, pouco depois de professar a sua fé, (Mt16,16) reconhecendo- o  como o Filho do  Deus vivo, demonstrou, ainda  não estar totalmente preparado para assumir o seu legado, dando a  entender, que ele ainda carregava consigo a mentalidade do mundo, alimentando dentro de si, a ideia de um Messias glorioso, porém, sem a cruz!
Jesus, conhecedor das fraquezas humanas,  percebe de imediato a dificuldade dos discípulos, em aceitar o desafio da cruz, e  repreende  Pedro severamente:” Vai para longe Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensa as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens.”
Pedro, ao tentar impedir que Jesus passasse pela a cruz, inconscientemente, quis intervir nos planos de Deus, numa postura semelhante a do diabo, quando tentou Jesus. (Mt4:8-10)  Ao imaginar, um Jesus glorioso, sem a cruz, Pedro, na sua fraqueza humana, não se deu conta, de que Jesus era totalmente  obediente ao Pai, e que nada o faria desistir da missão. Como Filho obediente ao Pai, era seu propósito, concluir a missão que lhe confiada, uma missão, que teria como consequência, a cruz.
Os discípulos, embora convivendo dia a dia com Jesus, tiveram muitas dificuldades em aceitar o desafio da cruz, eles só foram compreender o sentido da cruz, depois da ressurreição de Jesus! Foi a partir da sua ressurreição,  que eles abraçaram a cruz, fazendo o mesmo caminho de Jesus, dando a vida pela causa do Reino.
Se hoje, estamos aqui, buscando um entendimento melhor dos ensinamentos de Jesus, é graças ao testemunho destes primeiros seguidores de Jesus, homens frágeis como nós, que caindo e levantando, foram crescendo na fé, nos deixando como herança, a mais bela certeza: Jesus é a nossa única opção de vida!
Quem está disposto a seguir Jesus, não deve iludir com facilidades, pois o seguimento a Ele é exigente, implica em mudanças radical no seu modo de viver, exige muito mais do que boa vontade, do que entusiasmo exige compromisso, fidelidade, disposição de deixar muitas coisas para trás, exige consciência do rumo a ser tomado, despojamento de si mesmo e de assumir a cruz de cada dia!
O seguimento a Jesus inclui à cruz, porque a nossa  adesão a Ele, nos leva a atitudes que contrariam os opositores do projeto de Deus.
Reflitamos: Se Jesus não tivesse passado  pela a cruz, os seus ensinamentos seriam em vão, Ele não passaria de mais um pregador, que passou por este chão.
Foi pela cruz, que  Jesus nos possibilitou uma vida que não passa!

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

Fonte: http://homiliadominical2.blogspot.com.br/
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