O evangelho deste domingo nos apresenta uma sucessão de três
parábolas de misericórdia: ovelha perdida e reencontrada (vv. 4-7), moeda perdida
e reencontrada (vv. 8-10) e o pai misericordioso (vv. 11-32). Estas três
parábolas são a resposta de Jesus à murmuração dos escribas e fariseus: “Este
homem acolhe os pecadores e come com eles” (v. 2). O tema da alegria pela
conversão dos pecadores está presente nas três parábolas (vv. 6.7.9.10.32). Se
há alegria no céu, deve haver na terra!
Na parábola do pai misericordioso, a atitude do
pai que acolhe o filho mais novo com festa (vv. 22-24) contrasta com a atitude
de raiva e de murmuração do filho mais velho (vv. 25-30).
Parece que Jesus queria
identificar a atitude do filho mais velho com a atitude dos escribas e
fariseus. O filho mais velho é convidado a entrar no coração compassivo do pai
(v. 20), pois “era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava
morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado” (v. 32).
Se as parábolas são a resposta de Jesus à
murmuração dos escribas e fariseus, elas visam exortar o leitor do evangelho a
proceder como Deus procede, a identificar-se com o Deus “de piedade e de
ternura, lento para a ira, e rico em amor” (Jn 4,2).
Carlos Alberto Contieri, sj
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