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domingo, 3 de março de 2013
A bondade de Deus
Jesus
sobe para Jerusalém. Essa subida é ocasião de ensinamento, por isso ela é
constituída de lições que Jesus dá aos seus discípulos. O texto do evangelho
deste domingo não encontra paralelo nos outros dois sinóticos. Do ponto de
vista histórico, nós não temos nenhuma informação, nem mesmo na literatura
extrabíblica, dos fatos mencionados nos versículos 1 a 4. No entanto, o
importante, aqui, é o valor de interpelação dos fatos, repetido duas vezes:
"... se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo"
(vv. 3.5). A teoria da retribuição é ultrapassada: "Pensais que esses
galileus eram mais pecadores do que qualquer outro galileu...? Digo-vos que
não. Mas se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo? . Pensais
que eram mais culpados do que qualquer outro morador de Jerusalém? Eu vos digo que
não" (vv. 2-5). A morte de uns e não de outros é sinal do julgamento
definitivo, sinal que precisa ser discernido: ". sabeis discernir os
aspectos da terra e do céu, e por que não discernis o tempo presente?" (Lc
12,56). São Paulo o exprime muito bem: "Esses acontecimentos se tornaram
símbolos para nós, a fim de não desejarmos coisas más." (1Cor 10,6). A
morte dos galileus e dos moradores de Jerusalém são um convite à conversão e ao
reconhecimento, no tempo presente, da "visita salvífica" de Deus (cf.
Lc 1,68).
Os versículos 6 a 9 ilustram os versículos precedentes. A figueira
é, na tradição rabínica, símbolo da Torá. Ela está plantada na vinha (cf. v.
6). O povo de Deus tem a Lei cujo fruto deveria ser a conversão. Mas ela não
produziu o fruto. Será cortada? Será arrancada do meio da vinha? A parábola
acentua a bondade de Deus: a maldade humana não impede Deus de ser bom.
Carlos Alberto Contieri,sj
FONTE: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho
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