sábado, 2 de junho de 2018

“O FILHO DO HOMEM É SENHOR TAMBÉM DO SÁBADO.”



Evangelho de Mc2,23-3,6

Sem uma intimidade profunda com Deus, não tem como viver as alegrias da fé! E são muitos, os que não vivem esta alegria, por estarem submetidos a radicalidade religiosa, imposta pelos os seus líderes, que ao contrário do líder Maior, que é Jesus, escraviza as pessoas.
São muitas as religiões cheias de proibições, cujo líderes intimidam  os fiéis, passando-lhes a imagem de um Deus vingativo, de um Deus que está sempre a espreita, pronto para pegá-los em alguma suposta falha!
Não podemos esquecer: Deus é só amor, Ele só quer nos amar e nunca nos castigar!
A verdadeira religião, não impõe, não escraviza, ela apresenta valores, que vão levando as pessoas a uma maturidade na fé, deixando-as livres para fazerem  suas escolhas.
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, nos fala de mais dois momentos conflituosos  entre os fariseus e Jesus, desta vez,  a respeito da observância do sábado.
Embora conhecedores das Escrituras, os fariseus, na prática, estavam bem distante do amor propagado por Jesus: o amor que gera vida!
As autoridades religiosas do tempo de Jesus, não tinham  compromisso com a vida, colocavam pesados fardos nos ombros das pessoas, leis, rituais que deveriam ser cumpridas rigorosamente, como o Jejum, ritos de purificação, observância do sábado e tantas outras regras que eles mesmos criavam, nos sentido de oprimir o povo.
No primeiro momento, a  narrativa deixa claro, que os fariseus queriam pegar Jesus num casuísmo legal, já que, o fato dos discípulos estarem apanhando espigas de trigo, para saciar a fome, não lhes poderia ser atribuído como roubo. Determinados a escandalizar Jesus, eles procuraram, outra forma de incriminá-lo, alegando que os seus discípulos, estavam infligindo as leis que proibiam o trabalho em dia de sábado, desconsiderando assim, a necessidade de sobrevivência deles.
Ao ser criticado pelos Fariseus, em nome da Sagrada escritura, Jesus responde estas criticas, com a própria escritura: “Por acaso nunca lestes nas escrituras o que Davi e seus companheiros fizeram quando passara necessidade e tiveram fome?...”Mc 2,25-26
No segundo momento, Jesus, ao entrar numa sinagoga  em dia de sábado,  vê um homem  com uma deficiência na  mão. Antes mesmo de Jesus aproximar-se deste homem, alguns fariseus, já estavam de olho Nele, pois eles sabiam Jesus  iria fazer algo a seu favor, o que seria proibido em dia de sábado. Mas Jesus não se intimida,  não cumpre esta lei humana, e sim, a lei do amor, que independe  do  dia ou da hora, para  ser cumprida. Ao curar aquele  homem, Jesus assina de vez  a sua sentença de morte, pois foi a partir deste episódio, que os fariseus  e partidários  de Herodes se uniram para arquitetar um plano para mata-lo.
Em todos os seus ensinamentos,  Jesus sempre deixou claro que a vida tem que estar em primeiro lugar, acima de tudo, portanto, a necessidade de sobrevivência e a inclusão,  estão acima de toda e qualquer lei! A única lei que não pode ser descumprida em hipótese alguma para Jesus é a lei do amor. 
Não é difícil perceber, que até nos dias de hoje, presenciamos situações semelhantes as que Jesus viveu.  
O legalismo é um instrumento de alienação e opressão, que tem como objetivo, desviar a atenção do povo, tirar-lhe o foco. Enquanto o povo se ocupa com os pormenores, com a observância  exagerada de  leis, os que detém o poder, sentem-se livres para praticarem seus atos ilícitos.
Quando ficamos  presos na observância exagerada de normas, no cumprimento de rituais, não captamos a mensagem principal de Jesus, que é um convite a vivermos no amor!
Quem se ocupa com os pormenores, não vê o belo da vida, não vive as alegrias da fé!
As leis de organização social e religiosa, só podem ter sentido, se forem elaboradas em favor da vida. E Jesus, veio para libertar e fazer desabrochar a vida.  Toda lei que  é contrário a vida, não tem o aval de Jesus.

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

Fonte: http://homiliadominical2.blogspot.com/
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