.
sábado, 27 de maio de 2017
ASCENSÃO DO SENHOR, A PLENITUDE DA PÁSCOA
Evangelho de Mt 28,16-20
Celebramos hoje, a ascensão do Senhor, a plenitude da Páscoa!
Com a volta de Jesus para o Pai, abriram-se as cortinas de um mundo novo, sinalizando os primeiros passos da igreja missionária, que através do testemunho dos primeiros cristãos, tornou Jesus conhecido em todos os rincões da terra!
Através dos discípulos, o anuncio do Reino se espalhou por todo o universo como fagulhas de fogo, incendiando o coração da humanidade com a presença viva do Cristo libertador, o Deus Filho, que mudou o rumo da nossa história, que nos tirou da solidão das trevas, replantando em nossos corações a semente da fé e da esperança!
Hoje, somos nós, os responsáveis pela propagação deste anúncio, é urgente a necessidade de fazer chegar a outros corações, a proposta de um Reino de paz, de amor e de justiça, implantado por Jesus aqui na terra! Não podemos deixar que irmãos nossos, privem-se da alegria de vivenciar a presença do Cristo Ressuscitado em suas vidas!
Contemplando a ascensão do Senhor, estamos também nos preparando para a grande festa litúrgica de Pentecostes: a vinda do Espírito Santo, Espírito Santo, que já está no meio de nós, mas que nem sempre percebemos a sua ação no mundo. O momento é propício para refletirmos sobre o a importância do nosso Batismo, ocasião em que recebemos o Espírito Santo que nos insere na comunidade cristã!
A vitória de Jesus que é também a nossa vitória começa na ressurreição e se concretiza na ascensão! Viver esta verdade, é vivenciar já aqui na terra, as alegrias do céu, o que não significa ignorar os problemas existentes aqui na terra.
Não é olhando para o alto que vamos encontrar Jesus, e sim, olhando para a nossa realidade terrena, para os rostos desfigurados de tantos irmãos, excluídos por uma sociedade insensível, que não os reconhece como gente.
Ao contrário da sua morte, a ascensão de Jesus, ou seja, a subida de Jesus ao céu, não foi vista pelos discípulos como uma separação, pelo o contrário, foi a partir de então, que eles passaram a sentir mais forte ainda, a presença de Jesus entre eles!
A todo instante, somos beneficiados pelos frutos da ascensão, a grande riqueza que nos foi conquistada por Jesus: o Espírito Santo e também pela última benção dada por Ele aos discípulos no momento de sua subida ao céu; bênção que se prolonga por toda história, chegando até cada um de nós!
O evangelho que liturgia deste domingo nos apresenta, narra o encontro de Jesus com os discípulos na Galiléia, logo após a sua ressurreição.
Podemos nos perguntar: porque Jesus indicou aquele local para o encontro com os discípulos e não em Jerusalém? Certamente, por ter sido ali, o local onde tudo começou, onde foi iniciada a sua caminhada com os discípulos, rumo a Jerusalém. Refazendo a mesma trajetória que fizeram com Jesus, os discípulos iriam recordar tudo que Ele lhes havia ensinado, enquanto caminhavam.
Galiléia, era o lugar do testemunho, foi ali, que muitos testemunharam as obras que Jesus realizava, e passaram a acreditar Nele.
Jesus sabia que todos os que acreditaram Nele, tornariam seus seguidores dando continuidade a sua missão.
É importante termos em mente: Jesus, não deixou tudo pronto, Ele deixou para nós, a responsabilidade de dar continuidade as obras do Pai aqui na terra, de fazer o Reino de Deus acontecer através do nosso testemunho de adesão ao projeto de Deus!
Hoje, Jesus marca um encontro com cada um de nós, não, precisamente na Galiléia, mas dentro do nosso coração! É a partir deste encontro, que tornamos anunciadores do Reino, que avançamos sem medo para águas mais profundas, na certeza de que nunca estaremos sós, pois o próprio Jesus nos garante: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos”.
Se Jesus Está conosco, o que haveremos de temer?
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
FONTE: http://homiliadominical2.blogspot.com.br/
.
.
domingo, 14 de maio de 2017
“NINGUÉM VAI AO PAI SENÃO POR MIM"!
5º DOMINGO DA PÁSCOA
Evangelho - Jo 14,1-12
Neste quinto Domingo da Páscoa, somos chamados a desenvolver o dom da fé, que recebemos de Deus como uma semente plantado por Ele no nosso coração!
É caminhando, que crescemos na fé, é crescendo na fé, que crescemos no amor, na fraternidade, na vida de comunhão com Deus e com os irmãos.
A fé, não é algo que se tem e pronto, a fé é construção, uma construção que se desenvolve através de um processo lento que vai se solidificando à medida em que nos deixamos inundar pelo amor de Deus!
A fé é caminhada é compromisso, é ver além do que os olhos humanos alcançam! É pela fé, que reconhecemos Jesus como o nosso Deus e Senhor, o que não é fruto do esforço humano e sim, do acolhimento a este dom de Deus.
Jesus é a revelação do amor do Pai, aos poucos vamos nos envolvendo neste mistério de amor, enxergando no Filho, a presença amorosa do Pai!
No evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, podemos perceber claramente a paciência de Jesus para com os seus discípulos que apesar de estarem a tanto tempo com Ele, eram muito imaturos na fé, tinham muita dificuldades em entender o que Jesus lhes revelava a respeito de sua volta para o Pai. No desejo de fazer brotar em seus corações, pensamentos positivos, ideias claras sobre a sua pessoa, sobre a sua missão e o sentido da sua presença no mundo que poderia dar a eles tranquilidade durante a sua ausência, Jesus afirma: “Vou preparar um lugar para vós, e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, afim de que onde eu estiver estejais também vós.” E acrescentou: “Para onde eu vou vós conheceis o caminho.
Tomé, não entendendo o sentido destas palavras, interpela Jesus dizendo: “Nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” Esta imaturidade de Tomé, pode ser encontrada também em nós: estarmos com Jesus, mas não reconhecê-Lo como sendo Ele, o caminho que nos leva ao Pai!
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim!” Estas palavras de Jesus, que respondeu a uma duvida de Tomé, devem permanecer em nós, pois são palavras que nos indica a vereda autêntica que nos leva a felicidade Plena que é o próprio Jesus.
Ver o Pai, era a coisa mais desejada pelos discípulos, um desejo que fora manifestado por Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” Bastaria que os discípulos dessem um passo a mais na fé, para que eles descobrissem na pessoa de Jesus, a presença do Pai, que estava ali, a tanto tempo com eles na pessoa de Jesus!
É graças a paciência de Jesus, que hoje nós temos a felicidade de conhecê-Lo através do testemunho dos discípulos, que apesar de suas fragilidades se mantiveram firmes no propósito de dar continuidade ao projeto de Deus, proposto por Jesus.
Contemplar Jesus, é a única forma de ver a face humana do Pai, não há nada no Pai que não encontramos em Jesus. Através do conhecimento intelectual jamais vamos conhecer Jesus, nós só vamos conhecê-lo verdadeiramente pelos caminhos da fé!
A falta de fé, priva-nos da alegria de conhecer Jesus, de tornarmos íntimos Dele, de perceber a sua presença contínua junto de nós, de sentirmos seguros quanto ao nosso futuro!
A Luz que verdadeiramente ilumina é aquela que nos conduz a felicidade plena, Jesus é esta Luz, Ele é a presença de Deus em nós! Deixar-se conduzir por esta Luz, é deixar-se irrigar pela fonte de água viva que nos levará a um Reino que não terá fim, que é o coração do Pai.
No final do evangelho, Jesus diz: “Quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai.”
Quem tem fé, pode realizar obras grandiosas, pois ao voltar para o Pai, Jesus enviou-nos o Espírito Santo, tudo que fazemos de bom, fazemos pela a ação do Espírito Santo de Deus em nós!
O amor do Pai é derramado em nós pelo Espírito Santo, vivenciemos este amor permanecendo no Filho!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
FONTE: http://homiliadominical2.blogspot.com.br/
.
sábado, 6 de maio de 2017
EU SOU A PORTA DAS OVELHAS
4º DOMINGO DA PÁSCOA
Evangelho - Jo 10,1-10
Jesus disse que quem não entra pela porta principal, mas sim pelos fundos, é ladrão e assaltante. Mas quem entra pela porta principal, é o verdadeiro pastor, que tem a porta aberta pelo porteiro.
Nós somos as ovelhas que escutamos a voz. Não só escutamos, como seguimos. Pelo menos tentamos seguir, pois como vimos ontem, são palavras duras.
O Pastor conhece a cada um de nós, com nossas qualidades e defeitos, nos conhece pelo nome, e sabe tudo de nós mesmo antes de nascermos.
Jesus caminha a nossa frente e nós o seguiremos até o fim dos nossos dias. O seguimos porque conhecemos a sua voz. Não seguimos outras vozes, pois são como vírus, são vozes que nos conduzem aos buracos e penhascos da estrada. São vozes que começam nos mostrando coisas maravilhosas, porém são coisas falsas, mentirosas.
Não sigamos, pois, as vozes dos estranhos, senão acabaremos muito mal, acabaremos chegando ao um lugar horrível onde há muito choro e ranger de dentes!
Jesus disse que Ele é a porta das ovelhas. E quem entrar por esta porta será salvo.
Não entremos por outras portas falsas. Não devemos ouvir outras vozes, pois são de ladrões e assaltantes, que roubam a nossa paz de espírito, a nossa santidade, e assaltam a nossa alma, e a jogam no penhasco dos infernos.
Ouçamos, pois, a voz daquele que tem palavra de vida eterna. Aquele que veio para que tenhamos vida. E vida em abundância. Vida em estado de graça, vida com muita paz de espírito, paz conosco, a paz com as irmãs e irmãos, a paz que só teremos quando vivemos na presença de Deus, quando fugimos do pecado e buscamos seguir o Evangelho, a verdadeira paz. A paz de Cristo, Aquele que deseja que vivamos uma vida em paz. Aquele que disse: A PAZ ESTEJA CONVOSCO!
Minhas irmãs e meus irmãos. Só Cristo é a porta legítima e verdadeira. E essa porta é a Igreja fundada pelo próprio Jesus. "Pedro, tu és pedra, e sobre esta pedra, edificarei a minha Igreja..."
No tempo de Jesus já havia ladrões. Predadores semelhantes ao que acontece na natureza. Animais que se alimentam de outros animais. Estamos cercados de ladrões por todos os lados... Ladrões que nos tira o sustento e nos matam e não são punidos. Desde pequenos ladrões de celulares, até os grandes ladrões de colarinhos brancos. Nenhum deles são punidos como deveriam. E continuam soltos, nos ameaçando...
Que Jesus nos proteja pois estamos a mercê de muita injustiça!...
Outro dia fui suavemente criticado por uma pessoa muito santa pelo fato de botar sempre o dedo na ferida, pelo fato de criticar os absurdos da nossa sociedade.
Mas eu pergunto. O que fez Jesus quando esteve aqui? Por acaso Jesus passou a mão nas cabeças dos doutores da Lei, dos anciãos, dos sumos sacerdotes, dos escribas e fariseus? Ou Ele os denunciou com toda a coragem?
Alguém precisa também denunciar. Por que não basta anunciar (o Evangelho) passando por cima de toda essa injustiça que nos sufoca e nos aterroriza. Injustiça essa, causada pela inércia daqueles que deveriam tomar medidas eficientes para cortar o mal pela raiz, e não o fazem.
Nós, cristãos engajados nas comunidades eclesiais, devemos fazer algumas coisas. Devemos nos esforçar no sentido de construir para nosso país, um exemplo de convivência na qual consigamos unir a liberdade responsável com solidariedade, a autoridade com o serviço. Precisamos planejar formas de organizações sociais com infraestruturas de participação CAPAZES DE PRODUZIR UM TIPO MAIS HUMANO DE SOCIEDADE. A nossa catequese precisa ser mais atuante e abrangente também com relação às decisões que norteiam os caminhos dos processos sociais. Ou seja, nossas comunidades eclesiais de base devem testemunhar acima de tudo, que sem uma comunhão com Deus por Jesus, toda e qualquer organização puramente social ou humana, acaba se tornando incapaz de sustentar-se, e termina fatalmente se voltando contra o próprio homem. É o que está acontecendo. É o que estamos vendo aí. Porque sem Deus não somos nada!
A força do rebanho de Cristo, a força das comunidades de base procede do fato delas serem a própria Igreja. E a Igreja é inseparável de Cristo. Nós, cristãos, temos consciência de que a presença de Jesus na História é inseparável da presença da Igreja que evangeliza. Então de fato, a Igreja é inseparável da pessoa de Cristo. Ele a fundou sobre a pessoa de Pedro, designando-o cabeça dos onze, tornando a Igreja sacramento universal indispensável a nossa salvação. O gesto de Jesus foi uma ação direta de Deus convocando não só a Pedro mas todos os discípulos para continuar a sua missão, para a qual outorgou plenos poderes, e prometeu a assistência contínua e direta do Espírito Santo. Desse modo, A IGREJA SE TRATA DE UMA INSTITUIÇÃO DIVINA E NÃO UMA EMPRESA CRIADA PELO HOMEM COM FINS LUCRATIVOS! Portando quem aceita Cristo mas não aceita a sua Igreja, está demonstrando que não faz parte do Evangelho, EMBORA VIVA ANUNCIANDO-O. Pois a Igreja é depositária e anunciadora da mensagem de Cristo, e prolongadora da ação evangelizadora do Filho de Deus enviado ao mundo para sua salvação. A IGREJA É A PRESENÇA DE DEUS NO MUNDO. Mas infelizmente, os dirigentes da sociedade a ignora. E é exatamente por isso que estamos sofrendo.
O bom Pastor salva as suas ovelhas. Deus, por meio de Jesus, pastor nosso, elaborou um plano para a nossa salvação por meio da sua Igreja. Portanto, a missão da Igreja é salvar. Mas para isso nós precisamos aceitá-la, e unirmos a ela. A Igreja nasceu dos primeiros frutos dos acontecimentos pascais, através do ressuscitado. Ela foi enviada ao mundo com a missão de salvar, e por isso É SINAL DE CRISTO ENTRE OS HOMENS. A Igreja é meio indispensável e necessário de salvação entre os homens e as mulheres, a Igreja expressa e realiza o encontro entre o DIVINO e o humano. Entre Deus e os homens e as mulheres. Para tal, a Igreja é a única porta de salvação presente no meio de nós, iluminada, guiada e protegida pelo Espírito Santo, através da palavra, dos sacramentos e dos ministérios, é ela a porta para chegarmos até Deus! Jesus é o único acesso pelo qual chegaremos à salvação.
Tenha um bom domingo. José Salviano.
FONTE: https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/2017/05/eu-sou-porta-das-ovelhas-jose-salviano.html
.
Assinar:
Postagens (Atom)