FONTE: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho
sábado, 11 de abril de 2015
Como se chega à fé na ressurreição de Jesus Cristo?
Os
textos do evangelho dos domingos do tempo pascal são uma catequese sobre a
ressurreição. Eles não dizem como Jesus ressuscitou dos mortos, mas comunicam a
experiência daqueles que, por primeiro, experimentaram que o Senhor, no
Espírito, estava vivo no meio deles, e, ainda, indicam os critérios pelos quais
se pode experimentar e reconhecer a presença de Jesus ressuscitado. Como se
chega à fé na ressurreição de Jesus Cristo? Nosso texto apresenta duas etapas
com um intervalo de oito dias. Na primeira etapa, Tomé não estava; na segunda,
ele estava reunido com os outros discípulos. Os discípulos se encontram
reunidos no primeiro dia da semana. É como se fosse o primeiro dia da criação,
em que a luz foi feita (Gn 1,3). Efetivamente, a ressurreição do Senhor é luz
que anuncia uma nova criação em Cristo. No lugar em que os discípulos estavam
reunidos, as portas estavam aferrolhadas por medo dos judeus. Essa observação
seguida da notícia de que Jesus se colocou no meio deles é importante para
compreender que a presença do Senhor não exige mais um corpo carnal para ser
reconhecida. O seu corpo é glorioso e sua presença prescinde da visibilidade. O
que ele comunica é a paz, sinal e dom de sua presença. É nesse primeiro dia da
semana que o Espírito é dado como sopro do Senhor para a missão e a
reconciliação. A ausência de Tomé é importante para o propósito do texto. Ele
se recusa a crer no que os outros discípulos anunciavam: “Vimos o Senhor”.
Passados oito dias, estando Tomé com os demais discípulos, no mesmo lugar da
reunião, Jesus se faz presente e é sentido e reconhecido com o sinal de sua
presença: a paz. O diálogo de Jesus com Tomé permite ao leitor compreender que
se chega à fé no Cristo Ressuscitado e na sua gloriosa ressurreição através do
testemunho da comunidade. Não há acesso imediato à ressurreição de Jesus
Cristo, mas somente mediato, isto é, através do testemunho. É a recepção desse
testemunho que permite experimentar na própria vida os efeitos da Ressurreição
do Senhor. Nesse sentido, a fé é fundamentalmente “tradição”. Mas Tomé não é,
no relato, o homem da dúvida somente e que busca crer por si mesmo ou que julga
que só é digno de fé o que pode ser tocado ou demonstrado. Ele é homem de fé,
transformado pelo Senhor, capaz de reconhecer o dinamismo próprio pelo qual se
chega à fé. A ressurreição de Cristo é o nosso grande bem. Ela é a vida nova de
Jesus Cristo, no Espírito Santo. Essa vida nova nos é comunicada pela ação do
Espírito que Deus, na sua imensa bondade, quis fazer habitar em nossos
corações.
Pe.
Carlos Alberto Contieri
FONTE: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho
.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário